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Falácias do Discurso

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Em nova projeção anunciada pelo Ministério da Economia na última semana, o possível fim da isenção de impostos no comércio editorial foi informada com o argumento de que a isenção afeta apenas os mais ricos, já que, segundo o Ministério, os mais pobres não consomem livros não didáticos.  Imagem/Dilgação: Pixabay/NWimagesbySabrinaEickhoff O argumento é, no mínimo, curioso. De fato, não há como negar que o investimento na leitura é mais frágil e, em muitas situações, inexistente nas famílias mais pobres. Mas dizer que a tributação de livros é justificável porque os mais pobres não compram livros é, no mínimo, uma cusparada na cara dos brasileiros. Argumento frágil, sustentado em diversas lacunas, e que ainda reforça a falsa ideia de preguiça por parte dos mais pobres. Só faltou dizer: os pobres não leem porque não querem; por isso são burros. Ainda mais preocupante é saber que esse discurso não causa estranheza ou indignação por grande parte da sociedade. Muitos foram os comentários de u

O que as Distopias têm a nos ensinar?

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Sou um leitor apaixonado por distopias. Alguns dos nomes preferidos do meu do meu acervo de leituras são: "1984" (1949) e Revolução dos Bichos (1945), do pseudônimo inglês George Orwell, Admirável Mundo Novo (1932), de escritor inglês Aldous Huxley, e, mais recentemente, Fahrenheit 451 (1953), do Norte-Americano Ray Bradbury. Leituras que fascinam, mas que também entristecem. Entristecer-se; eis um suposto crime ou pecado condenável pelos fictícios mundos destas obras. Histórias que foram escritas ainda na primeira metade do Século XX, mas que parecem retratar com maestria a sociedade do século XXI. Para os escritores da época, não passavam de projeções futurísticas das sociedades a partir do presente por eles vividos. Toda previsão nada mais é que uma antecipação do futuro. Antecipação que pode conter erros e acertos. Admira-me a precisão com que estas previsões acertaram em cheio. Eric Arthur Blair, mais conhecido pelo  pseudônimo George Orwell, autor  dos conhecidos livros

Dias Amargos

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  Imagem: enriquelopezgarre/pixabay 312.299 óbitos. Essa é a triste marca atingida neste 28/03, um ano após o início da Pandemia do COVID-19. Ao que tudo indica, estamos distante do fim.  O que mais entristece é saber que esta é uma Pandemia com forte potencial de ser controlável. Prova disso é que alguns países já dão sinais de controle sobre a Pandemia que não os poupou de viverem o pesadelo. Pois é, ninguém foi poupado. Mas alguns países dão sinais de superação. Infelizmente esse não parece ser o nosso caso. Foram cinco recordes na média móvel de mortes nos últimos sete dias, e as previsões para os próximos dias não são nada animadoras. Se continuarmos neste compasso, podemos ultrapassar com facilidade a marca de 600.00 mortes ainda este ano. Dentre eles, poderão estar eu, você, nossos pais, filhos, amigos, etc. Mas, o que fazer para que essa catástrofe não ocorra? Essa é uma pergunta de difícil resposta, pois a situação chegou a um ponto de que não deveria ter chegado. Apenas conta